não há nenhuma paz dentro desse cômodo vazio
a luz alta impede qualquer sensação mais profunda
esses tremores nunca resolvidos
as ameaças inconstantes de dormir para sempre
aguarda o apagar da última esperança que surgiu
a pouco menos de um ano
não se atreve a abrir a boca
mas escreve todas as indecências de sua cabeça
não há controle que vença a impulsividade
não há falta para quem nunca se perdeu
há um fundo oco por trás do meu peito.