17.9.23

de volta as caminhadas solitárias estou de novo em uma cidade desconhecida e com o coração em pedaços saudade que pulsa desenfreada evitaria o corte se me fosse possível ou teria o rosto esquivo para o que não me pertence tudo aqui não me lembra em nada o lugar de onde vim lá não existe mar mas sim rios caudalosos e longos em que confesso: a vontade do salto para o fim parecia mais chamativo mesmo assim aqui percorro o medo mais fino medo que a dor me jogue no chão outra vez ou que ela se personifique e venha acelerada com passos alvoroçados e me confronte outra vez aprender um caminho é acostumar o olhar costurar linhas secretas é ter medo um mapa de afetos se faz quando há vontade de ficar e o amor só me serve se for também força.