18.2.18

relembro a noite
não reconheço o rosto
que olho ao espelho

depois
mal vejo quem me olha
e há uma profunda
e inconsciente
revolta
insegurança desnivelada

fraqueza
medo
um grito

teu jeito bruto
nada reverteria

meus olhos baixos
todo silêncio

descubro a parte má
e peco
e sofro
e morro

tenho poeira nos olhos
e não arde mais do que ter o teu perdão.