Da janela do ônibus visualizei em uma nuvem o formato de um urso pequeno caindo contra o chão. Depois esse mesmo urso se transformou na imagem de uma ovelha. Durante esse rápido processo a nuvem se desfazia e modificava as expressões da ovelha, que ficava cada vez mais velha, com traços de morte. Quando o ônibus dobrou a esquina, o movimento acelerado do automóvel fez meus olhos enxergarem a ovelha de nuvem branca caindo no chão quente e empoeirado do mundo. O relógio acabava de dar 13h. Tudo isso havia durado cerca de um minuto.