apatia
o quão miserável eu sou é a forma quão miserável você me vê, e não reluto em desfazer tal imagem. os fatos práticos da vida me quebram ao meio. não aprendi essa parte, a teoria me cobre com um véu de que tudo posso, a prática tem localização distante, quase não a percebo. ensaio todas as reações, com angústia em ser natural e assim assustar. todos os solavancos aos quais sofri parecem fazer parte de um sonho, do qual nunca me lembro. os anos passam e continuam a me dizer: tu não merece nada.